O Singularity foi desenvolvido do zero por um grupo de pesquisa da Microsoft, que começou a trabalhar nele em 2003. Como não havia a obrigação de o sistema ser compatível com o Windows, o grupo teve bastante liberdade para inovar. Foi escrito quase totalmente numa versão estendida da linguagem C#. A Microsoft diz que o objetivo do projeto é criar novas tecnologias em linguagens de programação, compiladores e ferramentas.
O projeto envolve, também, alguma experimentação com arquitetura. Quase todos os sistemas operacionais atuais – incluindo Linux, Unix, Mac OS e Windows – têm sua arquitetura básica derivada do Multics, criado nos anos 60. O Singularity segue um modelo diferente. Segundo a Microsoft, cada aplicativo, driver de dispositivo ou componente do sistema roda num processo isolado por software, ou SIP. O sistema não permite que os SIPs compartilhem memória ou modifiquem seu próprio código. A comunicação entre SIPs é feita por um sistema de mensagens. O resultado, ao menos na teoria, é uma plataforma mais robusta e segura que o Windows.
O pacote que está disponível para download desde março é o RDK, kit de desenvolvimento e pesquisa. Ele inclui código-fonte, material informativo e ferramentas de compilação e teste. Está liberado para uso educacional, não comercial. Naturalmente, o Singularity não tem utilidade prática no momento, já que não existem aplicativos para ele. Além disso, não há interface gráfica e o suporte a dispositivos de hardware é bastante restrito. O software serve basicamente para estudo e pesquisa. Mas é razoável supor que a Microsoft esteja usando essa plataforma para desenvolver e testar tecnologias que poderão estar em futuras versões do Windows.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/blogs/estacaowindows/microsoft/93102/
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