Exatamente pra alertar as pessoas pra esses perigos e pra fazê-las aproveitar melhor os serviços da internet foi criada uma espécie de cartilha. É um guia que pode ajudar crianças e adolescentes inclusive a não se tornarem criminosos sem saber.
"Pense bem antes de publicar qualquer coisa na internet". Sabrina não seguiu essa regra básica. Ela e um grupo de amigas trocaram xingamentos com alunas de outra turma pela internet. A escola e a mãe tiveram de intervir.
“Começa com uma pequena rivalidade, mas isso pode gerar até violência. Não é bom pra ela, não é bom pros outros”, alerta Mariana de Sousa Araújo, mãe de Sabrina.
“A gente resolveu que agora a gente tem respeito, cada uma no seu canto”, contou a estudante Sabrina Mariana de Sousa.
Uma pesquisa divulgada este ano por uma ONG que promove direitos humanos mostrou que 33% dos quase 2,2 mil estudantes entrevistados têm um amigo que já sofreu algum tipo de humilhação na internet.
Boa parte dos problemas ocorre porque muita gente não tem ideia do alcance da internet e não sabe se comportar no mundo virtual. Os especialistas alertam que a internet é como uma grande praça pública, mas com uma diferença: as informações e imagens divulgadas podem ser vistas por milhões de pessoas, copiadas e manipuladas, o que exige um cuidado extra.
Nesta quarta, o Comitê para Democratização da Informática lançou uma nova cartilha com dicas para uma navegação segura.
“Da mesma forma que ela presta atenção ao atravessar a rua e olha bem por onde anda, na internet também os perigos são reais. Ela precisa tomar muito cuidado consigo mesma para evitar cair em armadilhas online”, orienta Rodrigo Nejm, psicólogo da ONG Safernet.
A versão que circula na internet é para crianças, pais e professores. As dicas aparecem em forma de jogos, brincadeiras e histórias em quadrinhos. A principal é: não informe dados pessoais, como endereço ou telefone.
O internauta vai saber como identificar uma situação de cyberbulling, que é o uso da internet pra humilhar ou ofender uma pessoa.
Outra recomendação é não responder a ameaças e provocações. Se souber de alguém que esteja sendo intimidado, avise um adulto em quem confie.
“É muito importante que você possa ter uma atitude sustentável com seu filho, de diálogo, conversa olho no olho e acompanhamento do que seu filho faz ou aluno estão fazendo no computador. O computador não deve ficar no quarto, mas na sala, um lugar de circulação pra você, como responsável, possa ver e orientar seu filho na navegação da internet”, ensina Rodrigo Baggio, do Comitê para Democratização da Informática.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/07/cartilha-alerta-para-os-perigos-da-internet.html
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